Obra

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A OBRA | Decifrar a Arte em Portugal


Em cada objeto de arte existe um mundo de ideias a decifrar. O historiador Paulo Pereira, autor de obras como os «Lugares Mágicos de Portugal», propõe uma inédita e singular seleção das 100 obras que marcam e revelam os períodos históricos – artes antigas, Idade Média, Renascimento, Barroco, arte oitocentista e arte contemporânea. Uma grande e cuidada síntese a atentar no detalhe das pinturas, esculturas ou arquitetura e a desvelar um sentido nem sempre óbvio ao grande público. Há neste obra toda uma procura de revelação da riqueza da arte portuguesa. Uma partilha com o leitor comum de todo um património e prazer estético.
A FEVEREIRO de 2014 iniciamos a publicação desta coleção pelo volume dedicado ao Barroco. Segue-se Artes Antigas, Idade Média, Renascimento, Oitocentos, Arte Contemporânea.

O MÉTODO | Mostrar, decifrar cada um dos elementos da obra.

Uma outra forma de decifrar a arte em Portugal. Seleção, em cada um dos seis volumes, das 100 obras que contam um tempo. O apresentar de cada uma dessas obras (pintura, escultura, arquitetura) desmontando cada um dos seus elementos - decifrando-os. Esta é a primeira vez que entre nós se conta a a arte em Portugal desta forma.

 
 Síntese de saberes - a divulgação histórica no seu melhor
Ilustrado e didáctico 
  • Decifrar, detalhe a detalhe, uma imagem, uma peça, a arquitetura de um lugar.
  • Aprender a olhar e ver para além do óbvio, detetar símbolos e significados.
  • A obra é apresentada em grande formanto, destacam-se depois partes da obra, apontam-se elementos e pormenores decifrando tudo o que a obra comunica.
 

ENTREVISTA | Paulo Pereira

...os pormenores que não víamos antes.
Historiador, professor, autor de obras como a «História da Arte Portuguesa» e os «Lugares Mágicos de Portugal». Um percurso de revelação de um mundo sacralizado por alguns mas que ele quer partilhar, fazer chegar ao leitor comum, decifrar em toda sua riqueza de sentidos e capacidade criativa do Homem ao longo dos tempos. Paulo Pereira compõe um caminho alternativo ao ensino da arte – elegendo cem objetos chave para os seis períodos que marcam mais de dois mil anos de história da arte portuguesa.

 Círculo de Leitores (CL) - Porquê esta forma de contar a história da arte portuguesa – através das obras/objetos/arquiteturas?
Paulo Pereira (PP) - Confesso que a minha inspiração veio de obras como as da Mondadori da escola italiana que explicam, com setas indicativas e pontos, os elementos constituintes de uma peça, de uma obra de arte, a sua iconografia, às vezes as opções técnicas, as cenas representadas e o seu papel num determinado período. Como não havia nada disso para a arte portuguesa, decidi experimentar esta solução. Cada obra é um mundo, mas é também, em si, explicativa “do-mundo-todo”. É por isso que uma obra nunca é somente a obra, é mais do que isso - ajuda a entender os porquês e as formas de expressão de uma determinada época e de uma determinada conjuntura.

CL – De que variedade de obras de arte estamos a falar?
PP – De todos os géneros. A pintura e a escultura ocupam, naturalmente, a maior parte dos exemplos escolhidos. Mas há que ter em conta os períodos de que tratamos. Se falarmos da pré-história, é evidente que encontramos mais pedras – como costumo dizer. Na Idade Média os exemplos pictóricos são, por sua vez, mais escassos. Era também fundamental incluir a arquitetura. Sendo a mais difícil de descrever, a mais resistente à narrativa (porque só experimentando o espaço, o sítio, a escala, a obra se dá a perceber), ela tinha de fazer parte desta obra, tanto mais que muitas vezes é invólucro de outras obras, senão mesmo a protagonista que suscita a produção de outros géneros artísticos.

O AUTOR | Paulo Pereira


Paulo Pereira, historiador de arte português. Autor de diversas obras relativas à história da arte portuguesa, entre as quais «A Obra Silvestre e a Esfera do Rei» (Prémio D. João de Castro), «Dicionário de Arte Barroca em Portugal», «História da Arte Portuguesa», «2000 Mil Anos da Arte em Portugal»,  «Lugares Mágicos de Portugal» em seis volumes e a «Arte Portuguesa, História Essencial». Foi Chefe da Divisão de Museus da Câmara Municipal de Lisboa e Vice-Presidente do Instituto Português do Património Arquitetónico entre 1995 e 2003. É atualmente professor da Faculdade de Arquitetura de Lisboa.